Americana, nascida em São Francisco , criou polêmica ao ignorar todas as técnicas do ballet clássico: foi a pioneira da dança moderna.
Inspirando-se na arte clássica grega, revolucionou a dança, criando novas coreografias e lutando pelo direito das mulheres na virada do séc. XX.
Além de ousar dançar as músicas dos grandes compositores, tais como Chopin e Wagner, que só eram ouvidas em concertos e musicais, foi a primeira bailarina a dançar descalça, completando seus movimentos com écharpes coloridas jogadas sobre os ombros.
Detestava sapatilhas e malhas , por isso sempre dançava descalça, sempre com uma túnica esvoaçante sobre sua silhueta esguia. Para Isadora, corpo e natureza eram uma coisa só, por isso inspirou-se também no movimentos das ondas do mar, e no próprio vento.
Nunca se casou, mas teve dois filhos, que morreram num acidente, juntamente com a babá, quando o carro que os transportava caiu no rio Sena, em Paris. Ela ficou dilacerada. Por muito tempo ela dizia escutar suas vozes pela casa, suas risadas e passos. Fechou-se em casa e não recebia visitas.
Só melhorou quando seu irmão , Raymond, a convenceu a ir para Corfu a fim de ajudar os refugiados gregos. Esqueceu um pouco seu sofrimento quando viu homens, mulheres e crianças morrendo de fome no campo de refugiados.
Comprou tendas, alimentos e medicamentos e, junto com o irmão, organizou um centro de tecelagem onde os refugiados conseguiam ganhar algum dinheiro.
Sempre se interessou pelas crianças, tendo fundado uma escola na Alemanha, em 1904, favorecendo as crianças das classes mais pobres. Dava ênfase à educação na arte, na cultura e na espiritualidade. Também fundou escolas na Rússia e em Paris.
Viveu os últimos anos em Nice, já pobre e anônima. Morreu de um modo surrealista. Ao sair de carro, sua écharpe, que dançava ao vento, prendeu-se na roda traseira do carro: sua cabeça foi lançada para trás e sua nuca foi quebrada. Morreu estrangulada.