HERA: RAINHA E COMPANHEIRA NO PODER



HERA
Hera, que os gregos antigos reverenciavam como a rainha dos deuses, governava o Monte Olimpo junto com seu marido, Zeus. Ainda restam templos no qual era adorada como a Grande Deusa e, especificamente, como a deusa do matrimônio.
 
Porém os gregos, na época pós-Homero, viam-na como uma esposa metediça e ciumenta, apesar da alta estima do seu  culto.
 
 
 
Essa concepção  provém  da necessidade que as culturas dominadas pelo homens têm de satirizar  mulheres poderosas. É uma maneira de aliviar não só o medo  mas também, em parte, a culpa que os homens sentem por negarem poder à mulher.
Sob muitos aspectos, Zeus e sua promiscuidade foram para os gregos uma afirmação do poder máximo do mundo paternal e, consequentemente, do patriarcado.

Robert Graves, em The Greek  Myths, nos diz que o casamento de Zeus e Hera remonta  à epoca da invasão dórica, quando  uma tribo nórdica de caçadores invadiu a Grécia no final do segundo milênio a.C., trazendo consigo seus deuses, Zeus e Apolo.


 Os povos nativos da Grécia ainda cultuavam a Deusa-Mãe e, assim , concediam às mulheres enorme respeito e as consideravam portadoras de um poder mágico. Os reis guerreiros  invadiram a Grécia matriarcal e Hera, a Grande-Mãe do matriarcado, viu-se forçada a contrair matrimônio com Zeus, o deus guerreiro.



É verdade que no Olimpo Hera era vista apenas como uma esposa ciumenta e briguenta, mas, na realidade, ela refletia a turbulenta princesa nativa, coagida mas nunca realmente subjugada por um conquistador estrangeiro.

 
 Na época de Homero o casamento grego já era uma instituição bastante antiga. As religiões maternais já haviam se fragmentado e dividido, tal qual acontecera com todas as outras deusas.
 
Embora o casamento permanecesse como parte do sistema social, como em todas as sociedades humanas, passara a refletir  as estruturas do patriarcado. Pouco ou nada tinha a ver com o amor.



HERA E O CASAMENTO MODERNO

As mulheres na sociedade ocidental moderna gozam de mais liberdade do que as mulheres da Grécia antiga, mas o casamento  ainda é considerado  primeiramente uma instituição para procriação de filhos.


 Os direitos individuais das esposas não recebem muita atenção dos católicos conservadores ou de fundamentalistas religiosos, graças aos muitos séculos de puritanismo e da atitude cristã que ainda considera as mulheres inferiores aos homens.
 
De uma esposa contemporânea ainda se espera que ela esteja pronta  para dar apoio ao marido e às metas e objetivos dele, não  vice e versa. É verdade que nos últimos anos muitos homens têm ajudado na criação dos filhos, porém nenhum homem chegou a propor que as mulheres sejam remuneradas por esse  serviço ou que de alguma forma  ele constitua uma contribuição economicamente mensurável.

Mas, a despeito de todas limitações do casamento, a mulher-Hera  ainda se sente profundamente atraída por ele: ela não quer viver e trabalhar sozinha e o papel de esposa tem  um significado profundo para ela.


PARA RECONHECER HERA
Hera sempre se destacará na multidão. Tem perfeito domínio  de si própria e quase sempre dos demais. Mas essa auto-suficiência aparece quase  sempre na idade madura. Parece nascida para mandar, não importa qual seja a sua condição social. Com certa arrogância e frequente inclemência, Hera emana auto-confiança e uma inabalável retidão.






Na época grega, Hera era a esposa de Zeus, o supremo deus do Olimpo (e da Grécia), com quem compartilhava  a direção  do Olimpo, monte onde os deuses viviam, embora houvesse sempre brigas violentas.

JACQUELINE E JOHN KENNEDY

Hoje, quando encontramos Hera, parece tudo bem na superfície, casamento bom, filhos crescidos do qual se orgulha. No mundo moderno, ela costuma personificar a esposa de "um grande homem", a saber um homem de negócios, presidente do conselho de alguma empresa ou reitor de alguma universidade.
 
A mulher-Hera  é extremamente consciente de sua posição na sociedade. Defende  os valores de sua casta social e tenderá a assumir o papel de juíza de novos gostos e novos costumes.

Devido as suas aspirações sociais evidentes, Hera sente-se mais a vontade naqueles círculos que celebram e reforçam a sua posição e dignidade.  Ela adora as reuniões familiares, onde pode se ver adorada por filhos e netos. O amor deles é secundário; muito mais importante é que eles a respeitem como centro das questões familiares e do decoro social.

O arquétipo de Hera só se manifesta plenamente  na segunda metade da vida; assim  todo o poder que cabe a ela permanece adormecido durante toda a juventude. Diferentemente de Atena, as ambições da jovem Hera incluem marido, filhos e família.   Hera quer tudo: uma casa  confortável, segurança,um marido confiável, filhos maravilhosos,um lugar respeitado na comunidade e muitas  vezes , um emprego.


 Porém ela sabe que dificilmente conseguirá equilibrar  a condução do lar com trabalho ao mesmo tempo. Mas ela tem valores rigorosos, não é de maneira alguma  uma mãe branda, tolerante e permissiva como Deméter seria. Sua índole é dominadora,ela tem valores rigorosos  e  exigirá quartos arrumados, obediência e boa educação de todos eles.
 
HERA E SEU MARIDO: PARCERIA E IGUALDADE
A mulher-Hera quer duas coisas do marido: parceria e igualdade. Em última análise isso significa que quer ter tanto poder quanto ele. Portanto, acompanha passo a passo cada promoção, cada evento do  avanço profissional do marido, tomando cada sinal do progresso dele como um motivo de orgulho também seu. Como, além de manipuladora, é também uma grande diplomata pode se tornar  a principal confidente do marido exercendo com frequencia  uma grande influência sobre ele.

Durante toda a sua vida, Hera gravitará instintivamente em direção ao poder e aos homens poderosos, especialmente aqueles envolvidos na política, nos negócios e nos níveis mais elitistas da sociedade. Ela fica impressionada com as figuras públicas e com a maneira de atuarem.
 
 Nada a faz sentir-se mais importante do que oferecer ao seu parceiro opiniões sobre os encontros, negócios ou  crises em que ele no momento está envolvido. Mas é comum as ambições de Hera serem vistas mais como uma ameaça   à supremacia patriarcal  e serem reprimidas de uma maneira brutal.
 
Pode ser Hera ela mesma sem de alguma forma  ameaçar a suposta supremacia do poder masculino? Essa pergunta continua sem resposta até hoje.
 
 
CASAMENTOS INFELIZES DE HERA
 
Mas se o marido de Hera for menos poderoso que ela,e não se mostrar disposto a enfrentar e vencer o mundo, a conquistar para ela riquezas e posição social? e quando a jovem Hera se engana na escolha do parceiro, que lhe parecera promissor?
 
Suas reações geralmente são uma de duas:
1- uma delas consiste em manipular seu marido por detrás dos bastidores, determinando cada gesto ou cada avanço dele, até que ele se torne um simples porta-voz das suas próprias ambições presunçosas.
 
Casamentos asssim não têm alma, pois a mulher abdicou completamente do seu eu feminino em favor do poder masculino.
 
2- Uma reação mais extrema ocorre quendo o parceiro escolhido por uma mulher-Hera ambiciosa revelou-se totalmente vão e ineficaz, e ainda por cima resiste as suas tentativas de manipulá-lo. Privada de seu poder num cenário mais amplo, o desejo de Hera frustrado se voltará contra a própria família. O marido será acossado, os filhos oprimidos e as amigas regaladas com um desfilar de queixas e reclamações.
 
A CHAGA DE HERA:  A DOR DA IMPOTÊNCIA
É inevitável  que a mulher-Hera , presa ao lar, deseje   estar onde as coisas acontecem, devido o seu dinamismo. Assim ela passa a  odiar o seu marido  - o seu  e a todos os outros - por  excluí-la da ação.
 
Hera sente ciúmes da liberdade que seu marido  tem de ser uma força propulsora e uma pessoa-chave no mundo. Ela preferiria viver como um homem num mundo dos homens. Ao se ver forçada a ficar em casa, tem poucas oportunidades de desenvolver os seus dotes sociais, executivos e políticos. Isso será uma fonte de atrito entre ela e o marido, por mais solidário que o marido possa ser.
 
Ela tenta viver  através do marido  e acabará se sentindo excluída. A maioria dos homens recuam perante essa exigência e buscam a compainha de outros homens - ou de outras mulheres.
 
Rejeitada, desprezada e frustrada    pelo marido, a  mulher-Hera se  voltará  para a família, onde acha que tem o poder absoluto. Podem-se tornar alcoólatras, violentas e psicóticas, pois ela conceberá para os filhos todo tipo de planos e projetos a  partir do momento em que começarem a engatinhar.
 
Infâncias inteiras tendem a ser sacrificadas para as ambições e frustações  dessas mãe-Hera. Acompanham os estudos e início profissional dos filhos, em carreiras que elas próprias deveriam ter seguido. 
 
Essa mães têm um um estilo exageradamente disciplinado de maternidade que, a nosso ver, faz parte de uma consciência frustrada de Hera, um estilo profundamente carente da confiança e acalento que conhecemos em Deméter como mãe.
 
O ideal de Hera,  que era celebrado em épocas matriarcais era uma mulher completa, íntegra, não a propriedade de um senhor patriarcal em que as esposas gregas mais tarde se tornaram. Toda mulher Hera quer ser respeitada e amada como uma mulher completa.
 
Eis como a analista junguiana Marion Woodman resume a penetrante alienação que muitas filhas sentem em relaçao às suas mães-Hera:
 

AS SUFRAGISTAS
A maioria de nossas  mães nos "amavam" e fizeram o possível para nos dar uma boa base para a nossa vida futura. A maioria das mães delas, de geração à geração, faziam o mesmo, mas o fato é que quase todas pessoa desta geração , homens e mulheres, não tem uma matriz materna muito forte com a qual seguirem adiante na vida. Muitas de nossas mães e avós eram filhas de sufragistas, que já pretendiam assumir um novo papel para as mulheres.

Dissociadas do seu próprio princípio feminino, desiludidas, essas mulheres eram incapazes de transmitir alegria de viver, fé em sua existência, confiança na vida tal como ela era. Voltadas para fazer as coisas com eficiência, não suportaram deixar que a vida simplesmente acontecesse. Não ousaram reagir espontaneamente ao inesperado.


A OBSECACÃO DE HERA COM A PERFEIÇÃO
 E como os seus filhos eram às vezes o inesperado, estas crianças em débito antes mesmo de deitar no berço - inesperadas não só em suas pessoas, mas também em seu temperamento, pois tinham sentimentos e idéias que não estavam de acordo com as projeções maternas e paternas do que seus filhos deveriam ser.
 
Diante de tal atitude, não há espaço para a vida ser vivida tal qual é, nem espaço para pais ou filhos relaxarem no "EU SOU"; consequentemente, a criança passa a viver com um senso esquivo de culpa - a personificação do desapontamento da mãe não tanto com os filhos, mas consigo própria.
 
HERA NO CINEMA
O famoso filme "Laços de Ternura" acompanhamos uma clássica mãe-Hera de classe média, tentando infadigavelmente dirigir a vida da filha, Emma, uma dedicada Deméter, cujo casamento a mãe desaprova enfaticamente.
 
Aurora não consegue salvar Emma do que considera o gradual declínio da filha na mediocridade pela qual optou na pessoa de um marido gentil mas sem tutano, professor universitário de uma cidade pequena. Mas a interferência de Aurora é claramente um sucedâneo para ela seguir adiante com a própria vida.

Apesar de muitos telefonemas, em que Emma pacientemente serve de mãe para a mãe, nenhum diálogo de verdade ocorre entre elas.
 
Traiçoeiramente, Perséfone intervém sob a forma de um câncer que Emma contrai, aproximando mãe e filha por um breve período. E nós começamos a sentir a agonia de Aurora em perder a filha na qual depositara tanta esperança.

Mas ficamos com a desconfiança de que toda uma gama indizíveis de raiva jazem furtivos no câncer de Emma. Sob muitos aspectos o final do filme é insatisfatório em termos psicológicos. Emma jamais chega a dar vazão à raiva que sente pela mãe intromissora, e Aurora só consegue tardiamente começar a demonstrar seus verdadeiros sentimentos no leito de morte de Ema.

 Hera e Deméter permanecem essenciamente alienadas. Portanto, os sentimentos reprimidos vão ulcerando-se às ocultas, para serem reinvidicados em silêncio por Perséfone, com quem a filha termina por identificar-se inconscientemente.

A filha moribunda é sob muitos aspectos uma mártir do amor de Deméter que as duas mulheres provavelmente jamais receberam diretamente. O câncer é a personificação dos sentimento de desamor, desapontamento e raiva que a filha - ocupada demais em ser a resignada Deméter de todos - jamais pode expressar.
 

HERAS PODEROSAS ATRAVÉS DA HISTÓRIA
Se examinarmos a história, as grandes Heras que governaram pacífica e amistosamente com seus maridos foram poucas e raras. Em épocas patriarcais, a maioria chegou ao poder através da sucessão dinástica, não graças à manobras políticas, de modo que a sua posição nem sempre refletia a sua ambição de poder.



BOADICÉIA (SÉC.  I a.C.)
Foi uma rainha celta que liderou uma revolta contra os romanos que ocupavam a Bretanha. Quando seu marido morreu, os romanos se apossaram injustamente das terras de seu povo, surraram-na brutalmente e estruparam suas filhas diante de seus olhos. Corajosamente, ela convocou todas as tribos vizinhas e organizou-se a revolta - que, embora à princípio bem sucedida, acabou sendo esmagada. Boadicéia representa as melhores qualidades de Hera numa sociedade onde o poder matriarcal era reverenciado e as mulheres tão respeitadas como líderes quanto os homens.

IMPERATRIZ TEODORA

Uma das histórias mais inspiradoras de Hera é vida da imperatriz Teodora (508-548). Nascida filha de um treinador de ursos no circo, reza a lenda que ela foi mais tarde atriz e prostituta, até tornar-se a esposa do imperador Justiniano. Como imperatriz de Bizâncio, foi responsável por inúmeras vitórias políticas e religiosas em prol do marido, que historiadores consideravam inferior em força a ela. Teodora foi acertadamente elogiada por haver instituído grandes reformas jurídicas vizando punir a prostituição forçada, que então se alastrava como uma praga em Constantinopla, por enobrecer a instituição do casamento, por facilitar o divórcio, por tornar o estupro um crime capital, por permitir que as mulheres herdassem propriedades e de maneira geral elevar a posição das mulheres da época.

ELEANOR DE AQUITÂNEA

A extraordinária Eleanor de Aquitânia(1122-1204) viveu numa época em que as mulheres podiam herdar títulos e terras tanto quanto os homens. Seu casamento com Henrique II, no entanto, acabou em desastre quando suas ambições de governar o reino unido da França e da Inglaterra custaram-lhe dezesseis anos na prisão. Um casamento anterior com Luis VII da França não foi muito melhor. Embora Eleanor houvesse insistido em acompanhá-lo nas Cruzadas, ele indignou-se com a sua insistência em exigir independência e autoridade para as mulheres, e os dois acabaram se divorciando.


CATARINA,A GRANDE
O casamento de Catarina, a Grande (1729-1796), famosa czarina da Rússia, não teve melhor sorte que o de Eleanor. Entediada com seu casamento político com o czar Pedro III, um homem excêntrico e devasso, Catarina tomou um amante chamado Grigori Orlov. Orlov e um grupo de conservadores depuseram Pedro III, e , em seguida, supõe-se que o executaram. Não  resta dúvidas que em muitos aspectos, Catarina foi uma autocrata verdeiramente esclarecida, efetuando diversas reforma admiráveis numa nação muito atrasada, embora de forma alguma ela representasse o ideal de Hera em uma parceria.

ABGAIL ADAMS

Mais recentemente, encontramos outra Hera inspiradora de plena posse de seus poderes, Abgail Adams (1744-1818), esposa do presidente americano John Adams e mãe do presidente John Quincy Adams. Nas palavras de Judy Chicago, ela foi uma "patriota, revolucionária, abolicionita, escritora e feminista". Cuidava de todos os negócios e assuntos da fazenda para a família, aconselhava o marido, John, e foi uma das grandes autoras epistolares do seu tempo. Ela manifestou-se abertamente contra a escravidão 85 anos antes do movimento abolicionista.

RAINHA VITORIA
 A rainha Vitória (1819-1901), que assumiu o trono da Grã-Bretanha e Irlanda quando mal completara dezoito anos, revelou-se uma soberana dedicada e popular no decorrer do seu longo reinado. Ela casou-se com o seu primo em primeiro grau, o príncipe Albert, a quem amava profundamente, e gerou-lhe nove filhos. Albert foi uma inflência dominante na vida de Vitória, de tal modo que, quando morreu, a rainha permaneceu de luto por três anos, recusando-se a aparecer em público durante esse período. Apesar de sua escrupulosa folha de serviços públicos, biógrafos recente sugerem que se pudesse optar, ela teria preferido dedicar suas energias aos filhos. Ela, portanto, representa uma incomum integração dos estilos de Hera e Deméter.

 


























































































































































































































Uma das histórias mais inspiradoras de Hera é vida da imperatriz Teodoora (508-548). Nascida filha deum treinador de ursos no circo, reza lenda que ela foi mais tarde atriz e prostituta, até tornar-se a esposa do imperador Justiniano. Como imperatriz de Bizâncio, foi responsável por inúmeras vitórias políticas e religiosas em prol do marido, que historiadores consideravam inferior em força a ela. Teodora foi acertadamente elogiada por haver instituído grandes reformas jurídicas vizando punir a prostituição forçada, que então se alastrava como uma praga em Constantinopla, por enobrecer a ins














ELEANOR DE AQUITÂNIA













A extraordinária Eleanor de Aquitânia(1122-1204) viveu numa época em que as mulheres podiam herdar títulos e terras tanto quanto os homens. Seu casamento com Henrique II, no entanto, acabou em desastre quando suas ambições de governar o reino unido da França e da Inglaterra custaram-lhe dezesseis anos na prisão. Umcasamento anterior com Luis VII daFrança não foi muito melhor. Embora Eleanor houvesse insistido em acomponhá-lo nas Cruazadas, ele indignou-se com a sua insistência em exigir independência e autoridade para as mulheres, e os dois acabaram se divorciando.









CATARINA, A GRANDE



















O casamento de Catarina, a Grande (1729-1796), famosa czarina da Rússia, não teve melhor sorte que o de Eleanor. Entediada com seu casamento político com o czar Pedro III, um homem excêntrico e devasso, Catarina tomou um amante chamado Grigori Orlov. Orlov e um grupo de conservadores depuseram Pedro III e, em seguida, supõe-se que o executaram. Não resta dúvida de que,em muitos aspectos , Catarina foi uma autocrata verdadeiramente esclarecida, efetuando diversas reforma admiráveia numa nação muito atrasada, embora de forma alguma ela representasse o ideal de Hera em uma parceria.