20 de ago. de 2010

MARIE CURIE


Nascida na Polônia, em Varsóvia (1862-1934), foi a primeira mulher do mundo a ganhar um prêmio Nobel pelo seu trabalho de investigação científica.

Seu pai era Wladslaw Sklodowdi, professor de física e matemática, e Marie  mostrou-se excelente aluna desde cedo, destacando-se pela sua excelente memória.

Aos 16 anos ganha uma medalha de ouro pelos seus estudos  na escola secundária e começa a trabalhar como professora, pois seu pai não tinha recursos financeiros. 
Aos 18 anos arranja um emprego como governanta, com o fim de financiar os estudos de medicina de sua irmã Bronia em Paris, França. A idéia era que mais tarde Bronia faria o mesmo por ela.

Em  1891, Marie Sklotowska foi para Paris estudar na Sorbonne, onde conheceu muitos fisicos que fariam parte de sua vida, como Jean Perrin e Charles Maurain. Foi uma fase de muita pobreza, trabalhando à noite nos seus estudos. Ainda enfrentava preconceitos pelo fato de ser mulher e estrangeira. Em 1893 diplomou-se em ciências físicas com as melhores notas de sua turma no laboratorio de pesquisas de Lippmann.

Quando em 1894, graduando-se em matemática com a segunda melhor nota, conheceu Pierre Currie, numa visita a casa de um amigo e cientista polaco. Marie tinha então 27 anos e Pierre 35. Casaram-se em 25 de julho, marcando o começo de uma verdadeira sociedade que logo alcançou signicado mundial. Marie e Pierre uniram seus esforços para estudar as substâncias radioativas.
 
 
Nas suas pesquisas descobriram que  o urânio continha largas doses de radiotividade. Em 1898, depois de um longo trabalho com o marido, isola dois novos elementos radiotivos: o Polônio (em homenagem ao seu país natal) e o Rádio.

É indicada conferencista  de física da Escola Normal de Sèvres, França, em 1900. Finalmente defende sua tese e obtém o título de doutora pela Universidade de Sorbonne, tornando-se a primeira mulher a receber o título. No final do mesmo ano Marie, Pierre Currie e Becquerel, recebem a medalha Davy da Real Sociedade inglesa e o prêmio Nobel  de Física pela descoberta da radioatividade. Ela tinha 35 anos e conseguiu um  fato inédito para uma mulher.


Em 1906, Pierre morre e ela assume seu lugar como professora na Sorbonne e torna-se membro da Academia Francesa de Medicina, duas posicões inéditas para uma mulher. Apesar da morte do marido, Marie continuou publicando seus trabalhos e em 1911 ganha o segundo Prêmio Nobel em química, por ter conseguido isolar o elemento Rádio e explicado suas características químicas.


Em 1914 ajudou a Fundação do Instituto do Rádio, em Paris, e foi a primeira diretora do instituto. Começa a trabalhar no desenvolvimento do raio X com sua filha Irene, que , com a eclosão da primeira guerra mundial, foi de enorme ajuda na detecção de balas e por facilitar as cirurgias.

 
Morreu em 4 de julho de 1934 de leucemia, causada provavelmente devido à longa exposição aos elementos radioativos.
 
 
Em 1995 os seus restos mortais foram trasladados para o Panteão de Paris, tornando-se a primeira mulher a receber a honra de ser sepultada nesse local.